segunda-feira, 22 de setembro de 2008

04 - CLASSIFICAÇÃO DOS FENÔMENOS MEDIÚNICOS SEGUNDO SEUS EFEITOS

INTRODUÇÃO
Segundo os efeitos que produzem, podemos classificar os fenôme¬nos mediúnicos em:
1. Fenômenos de efeitos materiais, físicos ou objetivos: são os que sensibilizam os nossos sentidos físicos, podendo se apresentarem de variada forma.
2. Fenômenos de efeitos inteligentes ou subjetivos: são os que ocorrem na esfera subjetiva, não ferindo os cinco sentidos, senão a racionalidade e o intelecto.
FENÔMENOS OBJETIVOS
a) Materialização: fenômeno em que ocorre a materialização ou formação de objetos e de Espíritos, utilizando-se uma energia esbran¬quiçada que o médium emite através dos orifícios de seu corpo, chamada ectoplasma. Esta denominação foi dada por Charles Richet, quando estudava este fenômeno.
Como exemplo mais eloqüente podemos citar as experiências de William Crookes com a médium Florence Cook possibilitando a materiali¬zação do Espírito Katie King de 1870 a 1874;
b) Transfiguração: modificação dos traços fisionômicos do mé¬dium. O Espírito utiliza fluidos do mundo espiritual e os expelidos pelo próprio médium e os manipula envolvendo o rosto do médium com uma capa fluídica sobre a qual modela sua fisionomia;
c) Levitação: erguimento de objetos e pessoas contrariando a lei da gravidade. Crawford, que estudou estes fenômenos, classificou-os como resultantes de a sustentação sobre colunas de fluidos conden¬sados erguidas para suportar o peso dos objetos e erguê-los. São co¬nhecidos por "colunas de Crawford";
d) Transporte: entrada e saída de objetos de recintos hermeti¬camente fechados;
e) Bicorporeidade: aparecimento do Espírito do médium em outro local de forma materializada;
f) Voz Direta: vozes de Espíritos que soam no ambiente, inde¬pendentemente do médium, através de uma garganta ectoplásmica.
g) Escrita Direta: palavras ou frases escritas diretamente pe¬los Espíritos;
h) Tiptologia: sinais ou pancadas formando palavras e frases inteligentes;
i) Sematologia: movimento de objetos sem contato físico, tradu¬zindo um desejo, um sentimento.
FENÔMENOS SUBJETIVOS
a) Intuição: é o mecanismo mediúnico mais evoluído da espécie humana. O médium consegue captar conteúdos mentais da dimensão espiri¬tual e de lá retirar imagens, idéias ou grupos de pensamentos;
b) Vidência: é a percepção visual dos fatos que se passam na dimensão espiritual;
c) Audiência: pode-se ouvir através dos órgão auditivos do corpo físico vozes, mensagens bem caracterizadas ou dentro do cérebro onde as vibrações atingem os centros nervosos ou, ainda, em alguma zona espiritual;
d) Desdobramento: o Espírito do médium desloca-se em desdobra¬mento perispiritual às regiões espirituais ou aqui mesmo na Terra, mas sem se materializar;
e) Psicometria: é a faculdade mediúnica onde o indivíduo torna-se capaz de registrar e identificar os fluidos de objetos e locais;
f) Psicografia: manifestação mediúnica através da escrita. Pode ser observada em graus e aspectos diversos:
g) Psicofonia: é a manifestação mediúnica através da fala.
TEORIA DAS MANIFESTAÇÕES FÍSICAS
Se temos um efeito - o fenômeno físico - ele deve ter uma causa.
Vamos analisar os fenômenos mediúnicos produzidos pelos Espíritos desencarnados buscando saber como se opera esta ação, qual o seu mecanismo.
Notemos que estas teorias não nasceram de cérebros humanos, mas foram eles próprios, os Espíritos desencarnados, que as deram. Fize¬ram-nos conhecer primeiro a sua existência, sua sobrevivência, inde¬pendentemente do corpo físico ou carnal. Em segundo lugar, a existên¬cia de um envólucro semi-material que lhes serve de corpo no mundo es-piritual e que tem possibilidades de ação sobre a matéria física. É o perispírito, termo criado por Allan Kardec para designar o corpo pe¬rispiritual - a condensação do fluido (que tem origem no Fluido Cós¬mico Universal - FCU) em torno de um foco de inteligência que é o Espírito. O perispírito é um subproduto do FCU e é variável em sua maior ou menor condensação. O que lhe dá propriedades especiais para agir sobre a matéria.
O perispírito é o intermediário entre o Espírito e corpo fí¬sico, formando assim o complexo humano:
1 - Espírito
2 - perispírito
3 - corpo físico
O fenômeno mediúnico de efeito físico, isto é, aquele que sen¬sibiliza nossos sentidos físicos, tem sua explicação na ação do peris¬pírito. Para atuar sobre um objeto inanimado, o Espírito desencarnado combina o seu fluido perispiritual com o fluido que escapa do médium, satura os espaços interatômicos e intermoleculares da matéria e, com a força do pensamento, agindo como deseja. Temos como exemplo a movimentação de objetos e a comunicação por pancadas.
Manifestação Físicas Espontâneas
Em alguns lugares, tal como aconteceu com as irmãs Fox, em Hy¬desville, em 1848, observam-se fenômenos mediúnicos ostensivos, como batidas ou levantamento de objetos, sem que nenhuma pessoa tivesse in¬tenção de consegui-lo. Ocorrem espontaneamente, e muitas vezes ao dar origem aquilo que se costuma denominar de "casa mal assombrada".
Devemos analisar, primeiramente, se fenômenos como esses não são:
- frutos da imaginação ou alucinações;
- de causa física conhecida;
- mistificações, fraudes de pessoas inescrupulosas.
Excluídas as causas acima, iremos analisar o motivo pelo qual os fenômenos ocorrem ou são provocados:
1. perseguição de Espíritos;
2. desejo de comunicar-se com a finalidade de expor alguma preocu¬pação ou intenção;
3. brincadeiras para assustar;
4. intenção de provar sua sobrevivência e que o Espírito é uma realidade.
Como agir?
1. Não dar atenção quando o fenômeno for produzido por Espíritos brincalhões;
2. orientar, quando produzidos por Espíritos perturbadores e vingativos;
3. atender às solicitações, quando justas, daqueles Espírito dentro de nossas possibilidades;
4. Orar. A prece sincera e partida do íntimo da alma, tocar-lhes-ão o coração e os ajudarão naturalmente.
Bibliografia
1) Livro dos Médiuns - Allan Kardec
2) No Invisível - Léon Denis
3) O Fenômeno Espírita - Gabriel Dellane
4) A História do Espiritismo - Arthur Conan Doyle
5) Nos Alicerces do Inconsciente - Jorge Andréa

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